Quando a hora da escola chega. A experiência do meu primeiro filho.
Meu primeiro filho, Kauan de 8 anos hoje, iniciou na escola depois de 3 anos de idade. Na verdade, fizemos a primeira tentativa com 2 anos, mas meu marido não resistiu aos choros do filho quando ia buscá-lo na escola. Eu mesma disse à ele que isso iria passar, mas ele não via necessidade de manter nosso filho na escola e como tÃnhamos avós por perto, Kauan ficava boa parte do tempo com eles.
O vÃdeo abaixo mostra Kauan chorando em um dos dias que fomos buscá-lo
Ooo meu Deus! Coisa mais linda com uniforme. Mas não ficou 2 semanas, acredita?!
Aos 3 anos, colocamos numa escola perto da casa dos avós. Ele ficou até bem, mas quem estava pirando era eu. A escola mandava tarefas que, na minha opinião, era desnecessárias para a idade do meu filho. Há tantas coisas que podem ser exploradas e que podem enriquecer e marcar a vida de uma criança a longo prazo, que passar tanto tempo escrevendo, contornando, ligando pontos... Tarefas e mais tarefas com uso de lápis. Nãaaaaaaao! Eu estava enlouquecendo, "forçando" meu filho a ter desempenho exigido nas tarefas. E sem falar que o caderno tem que chegar limpo e feito, de preferência, todo correto. Pergunto: Como saber onde a criança tem dificuldade apenas vendo os acertos. Não deveria ser os erros mais valiosos para a escola?
Foi um ano beeeeeeeeeeem difÃcil. Até meu marido me ajudar a entender que eu deveria relaxar. Isso mesmo! Relaxar! Palavras dele: Deixa ele fazer o que ele quiser no caderno. Se ele quiser riscar tudo, se quiser pintar... Entrega do jeito que ele fizer! E eu quero ver se seremos chamados na escola para "prestar conta" das tarefas dele. Foi assim que eu relaxei. Não há necessidade de tanta cobrança dele e minha (por tabela). Bom, não vou dizer qual a escola, mas faço questão de dizer que a mesma se orgulhava de usar um conteúdo de uma grande rede escolar que de tão grande, produzia o material didático de escolar menores (que desejavam ter o "padrão" dela). É assim que funciona as escola tradicionais. Sinceramente, isso não é pra nenhuma criança! É, realmente, uma educação seriada.
Mas eu só fui conhecer uma metodologia diferente quando me deparei com ela. Mudei de bairro e fui visitar as escolas da região para ver qual acolheria melhor meu filho. Em uma das escolas que visitei, a coordenadora que me atendeu ganhou meu coração. Ela me dizia tudo que, pra mim até então, era apenas sonho. Tudo que queria ter vivido antes. E, até hoje, sou apaixonada por essa escola.
Em 2012, Kauan iniciou de fato a vida escolar. Ele tinha 4 anos completos. Confesso que a escola (professor e coordenação) foi muito paciente com nossa adaptação. E quando falo nossa é isso mesmo... A minha também. Afinal, as crianças não vão sozinhas à escola e nem, muito menos, se vestem sozinhas, não é? Acordar cedo e fazer com que tudo flua, era minha responsabilidade. E minha famÃlia é meio anormal, sabe? rs ... Dormimos tarde, não tÃnhamos rotina estabelecida. Kauan chegava 80% das vezes (ou mais) atrasado. Fui chamada atenção pela coordenação, mas foi um processo demorado pra gente.
Mas olhando esse vÃdeo... Me dá vontade de chorar de tanta emoção. Isso é que deveria ser direito de todas as crianças. Uma pena não ter começado antes...
Outra coisa que me surpreendeu muito, foi o desempenho no integral. No colégio Oliveira Lima, as artes foram priorizadas desde sempre. E o circo, foi uma das atividades que não era comum nas escolas antes... mas que já era importante para a escola.
Estou dizendo isso tudo para, primeiro, que fique registrado e para que possam comparar com a experiência da minha filha que foi totalmente diferente. Entrou na escola com 1 ano e meio. Mas isso vai ficar para um próximo post. E lembrem-se, meninas: Essas são as minhas experiências, viva as suas! E, claro, olhem para os lados, pois as experiências de outros podem sim nos ajudar!
Já dizia um provérbio Chinês: O burro nunca aprende, o inteligente aprende com sua própria experiência e o sábio aprende com a experiência dos outros.
